Prólogo - Pingos, Gotas e Lágrimas


Agora, como nunca acontecera, eu estava caminhando sozinho. A procura de algum objetivo nesta vasta vida que tinha pela frente, em busca de sonhos para se formarem e se realizarem, de pessoas para conhecer, de alguém para me apaixonar, para formar uma família e ser feliz.
Há poucos meses, eu tinha conhecimento do que era ser feliz. Eu era realizado, tinha ao meu alcance tudo o que sempre desejei. E eu não sabia que esse meu objeto de desejo poderia se transformar em um motivo para eu revolucionar meu cotidiano, minha rotina, minha vida.
No início, tive em mente que eu estava em delírio em sua fase extrema. Não. Era impossível. Eu não poderia fazer isto. Não seria eu, que jurei tantas vezes não abandoná-la.
Não foi culpa dela. Nesta história, ninguém possui culpa.
Ninguém, com exceção para mim. Apesar de nem mesmo eu ter entendido como consegui chegar a essa atitude, era eu o culpado. O culpado por estragar a vida de não só uma pessoa, mas como todas a sua volta. O culpado por deixar este relacionamento ocupar tanto tempo em nossas vidas. O culpado por iludir uma pessoa por quem eu só quero o bem e a felicidade.
Fui eu quem se declarou, fui eu que queria vê-la longe de mim.
Mas ela não tinha culpa, repeti para mim mesmo: era eu o culpado.
Eu tinha que entrar de vez no estado de viver a vida; eu não estava usufruindo o que Deus me dera de mais importante. Agora eu estava livre; com dois anos para aproveitar minha adolescência anormal. Eu não tinha à quem me prender, não podia remoer o que passara.
Ainda tinham pedras para afastar de meu caminho solitário, e tinham obstáculos que eu podia transformar em companheiros. Mas estava livre, o que nunca fui um dia.



No entanto, quanto mais eu caminho, agora, mais o vazio domina o meu eu.




4 comentários:

laís hiromi disse...

MT LINDU IHIHHIHHIHIHIH ATORON PERIGON OK

Mila disse...

ATORON PERIGON two

giovana barros disse...

árvore

laís hiromi disse...

ARVORE EHUEHEUHHUEHUEUHEUHEUHE

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